domingo, 10 de março de 2013

MEUS BRAÇOS COMO PRISÃO


MEUS BRAÇOS COMO PRISÃO

Queria fazer de minhas Mãos
Um cobertor ao beija Flor
Mas meus dedos o Aprisionariam,
Então de súbito o Soltei
Deixei ele voar como Sempre voou
Livres entre as Petúnias pelo campo.

Quis ser assim contigo
Fazer de meu corpo teu abrigo
Mas aprisionei-te em meus braços
E sufocado te revoltaste
Indo para longe de meu caminho.

Quis então reparar o erro
Busquei-te em vão pelas estradas.
Muito tempo se passou
Até que finalmente te encontrei
E com o que vi me surpreendi.

Estavas arrasado, aprisionado,
Triste, choroso e cabisbaixo,
Era eu calabouço de tua lástima
E ao me ver balbuciaste -
Que bom que você chegou.

Meu amor ai entendeu
Que a prisão de minhas mãos
Não serviram ao beija flor tão livre,
Mas o aconchego de meu corpo
Era a prisão que precisavas para seres feliz.

Juntei então todos os teus pedaços
Sem promessas com carinho te acolhi,
E hoje vives no calor de meu corpo
Por que entendes que longe não podes viver 
E que só na prisão de meus braços és feliz
E nunca mais de mim fugistes.

ZauraLeyne


Nenhum comentário:

Postar um comentário